O Globo
Duas servidoras do Ministério das Cidades, responsáveis pela área de Mobilidade Urbana, devem ser afastadas, após determinação da Justiça Federal do Distrito Federal, sob a acusação de fraude em parecer técnico. Luiza Gomide de Faria Vianna, diretora da área, e Cristina Maria Soja, gerente de projetos dessa diretoria são acusadas de fraudar laudo contrário à mudança do projeto do Bus Rapid Transit (BRT), uma linha rápida de ônibus, pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá (MT), para a Copa do Mundo de 2014. Elas também vão responder por prestar informações falsas ao Ministério Público de Mato Grosso.
Segundo a ação do MPF-DF, as servidoras também omitiram a existência de uma análise técnica prévia contrária à aprovação desse tipo de transporte do Ministério Público de Mato Grosso, que havia solicitado informações sobre o processo ao Ministério das Cidades.
Somente no âmbito da Copa, a diretoria de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades é responsável pela análise técnica de projetos que ultrapassam R$ 30 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério Público.
O caso tramita na 5ª Vara Federal do DF. Se condenadas, as servidoras podem perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos por até cinco anos, pagar multa e ficar proibidas de contratar com o poder público por até três anos.