Maggi torce para que denúncias no VLT sejam vazias; Mendes exige investigação

Da Redação

Aliados nas eleições na capital de Mato Grosso, o senador Blairo Maggi (PR) e o empresário e candidato a prefeitura, Mauro Mendes (PSB), se posicionaram com opiniões distintas nesta terça-feira sobre as denúncias de fraudes e pagamento de propina na licitação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Mendes e Maggi visitam hoje uma série de obras relacionadas a Copa do Mundo de 2014.

O senador, que é aliado do Governo do Estado, declarou estar na torcida para que as denúncias não sejam comprovadas. "Espero que não passem de denúncias vazias”, colocou.

O ex-governador disse que não conhece o modelo e nem participou do processo de licitação pelo RDC (Regime Diferenciado de Contratação), adotado no VLT. Ele disse ainda que não conhece o ex-assessor Rowles Santiago, autor das denúncias de fraudes no procedimento licitatório.

Apesar de admitir que as especulações podem atrapalhar a conclusão das obras a tempo da Copa do Mundo, Maggi descarta a possibilidade de Cuiabá perder jogos da Copa. “A Copa é o estádio e o resto vai ter que terminar um dia. Vai ficar de legado para os cuiabanos", frisou.

Já o empresário Mauro Mendes, que não faz parte da base de sustentação do Governo, defendeu uma investigação do Ministério Público sobre as denúncias. Ele considerou estranho o fato da denúncia partir de um servidor do Estado, ligado ao vice-governador Chico Daltro (PSD). "Isso é muito estranho. Eu acho lamentável que esse tipo de fato possa ser ventilado. E desejo que isso seja esclarecido rapidamente”, apontou.

Para ele, a investigação será importante para preservar o dinheiro público e garantir a lisura na construção do VLT. “Tenho certeza que, se houve algum problema, isso tem que ser devidamente esclarecido. Mas que, acima de tudo, o interesse público e da sociedade cuiabana seja preservado”, completou.

O candidato socialista, porém, disse que antes do Estado se defender o servidor acusador deverá apresentar as provas das fraudes. “No Brasil, o ônus da prova é de quem acusa. Então, se houve uma acusação, as pessoas têm que apresentar provas concretas, para que o Ministério Público e a Justiça tomem, efetivamente, as providências”, disse.

Mendes aproveitou a deixa para se declarar favorável a implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. "É um instrumento importante para contribuir com a mobilidade urbana e o transporte público em Cuiabá”, observou.